segunda-feira, agosto 31, 2009

O Gato e o Arco-Irís

O Gato e o Arco-irís

O meu gato nunca viu um arco-íris.

Não pelo facto de não existirem arco-íris ou por não ter sonhos românticos o meu gato.

O meu gato, não sabe que o arco-íris existe porque nunca viu um arco-íris, mas já viu as estrelas, os pássaros, as flores e até já miou à lua-cheia.

O meu gato acredita que o arco-íris existe, apenas por que é o meu gato,porque sente assim e por que tem uma alma sensível; É uma alma-de-gato mas é muito sensível a alma do meu gato.

O meu gato nunca viu um arco-íris, apenas porque os gatos não vêm todas as cores do arco-íris e porque eu não tenho um gato.

Yur Adelev

sábado, agosto 29, 2009

Fotocópias de BI

BI traçado

Entre as linhas paralelas deve escrever-se "entregue na loja xxxx" ou "entregue no serviço público yyyy", dependendo da situação

Por uma vez, um aviso a circular na Internet não é produto de uma mente criativa com demasiado tempo livre. Segundo uma fonte oficial da PSP, apesar de não existir um "alerta policial", cruzar uma fotocópia de um Bilhete de Identidade é "uma medida de prevenção que pode ser utilizada pelo comum cidadão". E é absolutamente legal.

Há cópias de BI utlizadas para abrir contas num banco, contrair empréstimos ou adquirir cartões de crédito. O prejuízo é sempre do dono do BI.

 

In: http://aeiou.expresso.pt/bilhete-de-identidade-alerta-que-circula-na-net-e-a-serio=f532821

sexta-feira, agosto 21, 2009

Arrependimento Claramente Arrependido

arrependimento provavel - In-Provavel

ARREPENDIMENTO

Claramente, já todos nós alguma vez na vida nos arrependemos de ter dito, pensado ou feito algo levados pelo momento, pelo instinto ou pela inconsciência. Depois, infelizmente, apenas depois entendemos que metemos o pé na boca, na argola e que o deveríamos tê-lo metido noutro qualquer local ou te-lo mantido dentro do sapato ou chinela “de-meter-o-dedo”. Se o caso é grave, pode ser tarde de mais para voltar a trás e desfazer, desdizer ou “despensar” o que fizemos, dissemos ou pensámos.

Embora a sabedoria popular afirme que o arrependimento mata, ainda não me convenci nem de que a sabedoria popular existe nem de que o arrependimento mate realmente. Penso sim, que se passa com o arrependimento algo semelhante ao que se passa com a Gripe-A: são os que se encontram mais fracos por padecerem de outros males que morrem de arrependimento ou remorso. Este, o remorso é algo que não chega a ser arrependimento, é a constatação do facto e o medo das consequências mas não é ainda o arrependimento. É o “Porra. Que fiz asneira e pode trazer-me chatices!” bem diferente do “Bolas! Saí-me mesmo mal e prejudiquei alguém gravemente. Não devia nem podia tê-lo feito!”.

Se o remorso aborrece e incomoda o arrependimento magoa e corrói. Se um pica e dá comichão o outro queima e dói profundamente, da pele às entranhas todas. Se o remorso nos tira umas noites de sono o arrependimento torna-nos íntimos da insónia para o resto da vida, tira-nos o apetite, faz cair o cabelo ou embranquece-o; Faz de nós gato-sapato, causa lágrimas silenciosas que se limpam à socapa para não molhar o teclado, suspiros abafados e muita muita tristeza. O remorso pode até merecer desculpa mas apenas o arrependimento merece o perdão.

Já perdoei e desculpei muita coisa e muita gente ao longo da vida. Já pedi desculpa muitas vezes e perdão outras menos. Tenho o perdão mais fácil do que tenho o verbo e poucas vezes me tenho arrependido de perdoar ou desculpar.

Acho que foi imperdoável da minha parte escrever acerca deste assunto e arrependo-me amargamente de o ter tentado fazer. Por isso e por outras coisas mais peço desculpa e perdão por ter falado nisto!

segunda-feira, agosto 10, 2009

Silly Season / Parvoeiras de Verão (3) ou a má educação, a falta de Educação e a ignorância básica do que é ser minimamente educado em Portugal

Pig Porco

Exactamente ao contrário daquilo que muitas vezes tendemos a pensar, o ser humano não está assim tanto mais evoluído do que o macaco, o bacalhau, o carneiro, a cobaia ou o carapau.


É surpreendente como algo aparentemente tão simples com permanecer ou circular em locais públicos pode ser tão complicado para algumas pessoas. Como grupos de dois seres humanos são capazes de permanecer num passeio, a ouvir pedidos de licença de centenas de outros e não se movem um metro que seja para que estes possam passar.


É notória a dificuldade que certos indivíduos sentem para pedir uma simples informação e não tratar o “informador involuntário” por Chefe ou “Tchéfe”, Tá-me a ouvir, Diga-me aí ou o mais vulgar: Oiça lá! E depois de obtida a informação (que eu nessas situações dou o mais errada que posso) arrancam sem sequer um ”Obrigadinho Chéfe!”


Nunca me surpreende o desconhecimento de determinados donos de animais que não os abandonando de só uma vez, vão abandonando parcialmente as sobras das suas entranhas intestinais pelos jardins e passeios, numa actividade a que chamo “ Passeio 3 M’s”: Merda de passeio, Merda de cão e dono de Merda!


Também não desconhecia que existe um forma violenta de “cegueira violenta” nos transportes colectivos que ataca no preciso momento em que entra alguém com uma criança ao colo. Neste instante, a paisagem torna-se subitamente interessante e o sono ataca todos os que não olham a paisagem.

Noções tão básicas e simples como andar pela direita, oferecer o lugar a quem mais dele necessite, pedir por favor e agradecer com “obrigado” são noções que os pais (caso as possuíssem) deviam tentar transmitir aos seus rebentos desde o berço.

sábado, agosto 01, 2009

Silly Season / Parvoeiras de Verão (2)

 

Eu Penso  In-Provavel

Adoro o céu das montanhas sem a luz dos candeeiros.. ver a Via Lactea tal como ela é! reconhecer um satélite de comunicações entre as estrelas...

O odor da "carqueija" no monte ou o da erva fresca dos lameiros… e sobretudo o cheiro da chuva de verão na terra seca e as trovoadas ENORMES que passam sobre a "minha" aldeia!!!!

A sombra de um castanheiro plantado pelo meu bisavô, para descansar do almoço e antes de ser hora para passear....

Gosto das caganitas do estafermo do melro que ainda à pouco cantava num galho do castanheiro e que depois defecou nas minhas trombas - Tudo é poético na minha aldeia! Até mesmo a porcaria das formigas que picam como cabras e as cabras que dão marradas como vacas....